O novo álbum do Green Day, 21st Century Breakdown, já começa com um ar de grandiloquência, querendo se mostrar majestoso, faraônico, fora de série. Tentar entender a suposta quebra e derrocada do século XXI não me parece exatamente uma tarefa exequível para o Green Day – nem para o Radiohead, nem para o Bob Dylan, ou seja, para ninguém. Pior ainda é querer posar de intelectual e fazer algo histrônico, absurdo e pretensioso. E é exatamente por aí que o Green Day resolveu ir. Dá uma olhada na estrutura do álbum – dividido em três atos, ele conta a história do casal Christian e Gloria:
Act I – Heroes and Cons
1. “Song of the Century”
2. “21st Century Breakdown”
3. “Know Your Enemy”
4. “¡Viva la Gloria!”
5. “Before the Lobotomy”
6. “Christian’s Inferno”
7. “Last Night on Earth”
Act II – Charlatans and Saints
8. “East Jesus Nowhere”
9. “Peacemaker”
10. “Last of the American Girls”
11. “Murder City”
12. “¿Viva la Gloria? (Little Girl)”
13. “Restless Heart Syndrome”
Act III – Horseshoes and Handgrenades
14. “Horseshoes and Handgrenades”
15. “The Static Age”
16. “21 Guns”
17. “American Eulogy”
I. Mass Hysteria
II. Modern World
18. “See the Light”
Com tal nível de grandiloquência, não há diálogo possível. O álbum será lançado no dia 15 de maio, mas com certeza vai fazer bem menos barulho do que a banda pretende. Dia 15, aliás, o Green Day vai fazer um show para 700 pessoas como maneira de divulgar o álbum para os fãs – fiquem atentos aos sites gringos, que poderão dar uma idéia do que podemos esperar do álbum ao vivo.
Quem acredita no auto intitulado estilo “opera rock” do Green Day vai adorar o novo álbum. Vamos ver o que acontece com ele – afinal, a banda demorou três anos para conseguir atingir o resultado final.
acho meio que MUITO bizarro imaginar o greenday fazendo uma opera rock.
Mas como até no metal – pelo que eu lembro de ter ouvido – é um gênero desgastado, de repente saia alguma coisa… mas eu aposto que não, também, hahaha.
Porra, Facciolla. Desde The Who, o heavy metal e o rock em geral deram conta de excelentes álbuns em óperas adaptáveis aos nossos tempos (ou aos tempos do lançamento, enfim). Desde The Wall do Floyd até praticamente todos Ayreon (que eu acho genial e que muita gente deveria ouvir, pra largar certos preconceitos com heavy metal. É moderníssimo =P)
Agora fica difícil confiar no Greenday nessa empreitada porque eles traem justamente a imagem punk que queriam conseguir (ainda que muito pop). Que eu saiba, punk busca a simplicidade máxima da música, antes mesmo da anarquia (e viva os Ramones!). Fazer uma ópera sobre o PÓS-século XXI pode acabar virando outro palanque de protestos, que podem ser vazios, ou pode levar a banda pra uma pegada totalmente diferente da inicial.
Ruim ou melhor. Enfim, é esperar.
O Green Day eh original, imprevisível… eh uma banda com RAÍZES PUNKS e não uma banda totalmente punk! Seus integrantes são muito talentosos, por isso seria um desperdício se fizessem um trabalho sem pretensões gigantescas… O mundo está cheio de bandas “mediocres e comuns” que mesmo assim fazem sucesso, tenho certeza de que o Green Day não quer fazer parte destas, eles almejam + que o sucesso transmitir algo de muito útil à sociedade! Aguardamos o resultado… espero que seja algo do mesmo nível do seu último álbum (American Idiot), talvez um resultado com traços ainda + marcantes do Punk Rock! Green Day eh a cara do rock’ n Roll… eles sabem oque fazem! Precinto que algo espetacular vem por ae, mais precisamente. dia 15 de maio!
pow, o álbum ficou bacaninha, até.
esperava algo melodramático e chato.