Roberta Flack nasceu em Asheville, na Carolina do Norte, e seu teve primeito contato com a música nas igrejas locais. Aos 9 anos começou a ter aulas de piano, e criou seu estilo musical a partir das inúmeras influências do Jazz e do Blues. Após algumas incursões na música clássica e um tempo dando aulas de música para se sustentar, Roberta começou sua carreira profissional – após 10 horas de gravação, ela finalizou seu primeiro álbum, First Take.
Além de talentosa como pianista, Roberta também se destaca por sua voz – forte, afinada e marcante, que em muitas músicas chega a um nível de emoção e estilo que remetem a uma abordagem mais voltada para o Soul. Muitas de suas melhores interpretações aparecem em covers, que se tornaram mais conhecidos em suas recriações do que nas gravações originais. Alguns exemplos são The First Time Ever I Saw Your Face, de Ewan MacColl, e Killing Me Softly with His Song, de Charles Fox e Norman Gimbel.
A verdadeira jóia, entretanto, é a composição Angelitos Negros, de seu primeiro álbum. A emoção com que Roberta interpreta a música é ímpar, e cada verso parece se prolongar indefinidamente.
Siempre que pintas iglesias
Pintas angelitos bellos
Pero nunca te acordaste
De pintar un ángel negro
Se existem anjos, porque não existem anjos negros?
Em seu álbum Jukebox, Cat Power fez uma reinterpretação da música, que, apesar de muito diferente, consegue atingir um nível de dramaticidade e beleza tão precioso quanto o da composição original. Embora o Youtube não tenha um vídeo que faça justiça à música, vale a pena conferir um aperitivo:
Que belo!
Um dia desses eu vou acabar ouvindo Cat Power…
Muito obrigada pela dica senhorita Stefanie… ouvirei com muito gosto, hehe